Sou apaixonado por aviação. Em Bebedouro, sou servidor público municipal e realizei meu sonho de voar aos 33 anos.

Começo agradecendo a todos os envolvidos nas operações em SDBB, todos são muito importantes nesta conquista. Agradeço à FBVV – Federação Brasileira de Voo a Vela, que em conjunto com a Oi Futuro e a Secretaria Estadual de Esporte e Lazer do Estado de São Paulo, proporcionou a bolsa do “Projeto Voa Planador São Paulo”, concedendo os voos para que eu pudesse chegar até aqui.

Meu primeiro voo de planador foi em 2012, com o instrutor e amigo Flávio. Para concorrer à bolsa, fiz o exame médico em janeiro de 2012 e a banca da ANAC em 3 de maio de 2012. Fiquei de segunda época em navegação, refiz a matéria em junho de 2012, sendo aprovado.

Graças a FBVV, Oi e a Secretaria Estadual de Esporte e Lazer do Estado de São Paulo, recebi a bolsa em maio de 2013. Já tinha perdido as esperanças deste sonho e estava desanimado naquele momento. Pra piorar, eu tinha uma briga maior comigo mesmo, que hoje é o maior conflito de grande parte da população, estar acima do peso, mas com muito esforço, alcancei a primeira meta e as demais são consequências do esforço.

Os dias antes do solo (18, 19 e 20), não estavam os melhores em Bebedouro. Muitos cirrus encobriam a região, mas o objetivo era acertar o pouso, aperfeiçoar os comandos e voar sozinho. Uma conversa rápida com o Bassi abriu meus olhos para um fato que ainda não tinha observado, e foi o ponto chave para os próximos cinco voos antes do solo naqueles dias.

No dia 21 de abril, cheguei às 7h30 em SDBB e de costume fiquei curtindo a nave imaginando-me voando nela, no chão mesmo, e depois, já levamos o ASK-21 para pista. Após o brieffing e inspeção, às 9 horas, já estava tudo pronto para a decolagem. Após o primeiro voo, o instrutor perguntou se eu estava tranquilo para o voo solo, rapidamente disse que sim! Inspeção antes do voo, tudo ok, decolagem, 600 metros, solto, térmicas, passaram 30 minutos, era hora de pousar, circuito completo, freio aberto, pista alinhada e pouso.

Curti muito o período de instruções, participei do campeonato, resgate de planadores aéreo e terrestre, voei e naveguei neste campeonato. Tudo serviu como aprendizado. Foram até hoje 39 horas de voo, das quais desfrutei cada minuto.

Foi uma grande realização pra mim. Muitos pensam que é só montar e voar, mas envolve muitos outros requisitos e conhecimentos. O social manda muito no aprendizado. O envolvimento pessoal é fundamental.

Agradeço aos vários instrutores que tive nessa fase e faço questão de destacar: Campeão Navarro, Milton Soares, Vilarinho, Flávio, Pontes e o Meu mestre Marcos Di Sicco. Muito obrigado pela paciência e insistência de todos. Agradeço e não posso esquecer o Marcos, Danúbio, Valéria, Ângelo, Eleandro, Talles, Renato e demais amigos que sempre estavam na pista, cuidando dos procedimentos para que tudo ocorresse dentro das normas e a minha família e esposa Lidiane.